Hoje o sol regressou. Chegou de repente e foi simplesmente entrando, como se nunca tivesse desaparecido. Saltou para cima da mesa, desceu pelas cadeiras, espreguiçou-se até ao fundo da sala e deitou-se no tapete. Pouco depois, tal como entrou, saiu novamente… Mas sei que amanhã vai voltar e vai ficar mais tempo.
Em breve, vai chegar de madrugada e lamber-te os olhos com a língua morna. Depois empurra-te as mãos com o focinho, insistente. Se o ignorares, deita-se ao teu lado e ficam a dormir o dia inteiro, o interior da casa todo iluminado pela sua luz quente.